Assembleia Popular sobre mineração acontece em Guirapá, distrito de Pindaí

No dia 3 de junho acontece no distrito de Guirapá, em Pindaí, a Assembleia Popular da Mineração: em defesa da água e da vida. A assembleia está sendo construída pelo Movimento pela Soberania Popular na Mineração -MAM, a Comissão Pastoral da Terra - CPT e o Sindicato dos Trabalhadores na Agricultura Familiar de Pindaí- SINTRAF-PINDAÍ.
Esse território esta sendo atingido pela implantação da mina pedra de ferro da empresa Bahia Mineração - BAMIN. Além do inicio da exploração de ferro essa região já sofreu e vem sofrendo impactos pela construção da Ferrovia Leste-Oste e pela instalação do Parque Eólico da Serra Geral. Segundo Newton, Militante do MAM, "as assembleias populares é uma tática de luta que o MAM tem construindo nacionalmente. A proposta é que elas aconteçam nos 100 municípios mais minerados do Brasil. Na Bahia a proposta é que elas aconteçam em 15 município do estado. O objetivo é fazer o debate em relação aos problemas da extração mineral no brasil e construir uma síntese organizativa, de luta, - programática para a soberania popular na Mineração."
A região de Pindaí tem como uma da suas principais fontes de renda econômica a agricultura familiar e agropecuária de substância, para Roberto Carlos, do SINTRAF-PINDAÍ, " esses territórios são a base de produção de muitas famílias agricultoras. Entre outras questões, a organização das comunidades é fundamental na defesa dos seus territórios."
Desde 2011 o território da Serra geral vem sofrendo ataques em relação ao seu território. Desde o começo do debate em relação a construção da mina pedra de ferro a ONG ambientalista Raízes do Semiárido vem acompanhado as denúncias. Felipe Bruno, membro da organização diz que "já foram constatadas inúmeras violações de direitos humanos desde 2011, não só em ralação a BAMIN, empresa responsável pela mineração, mas também em relação a construção da Ferrovia e do parque eólico. Grilagens e crimes ambientais estão entre as denuncias."
Para Beniezio, membro da CPT, "devemos acreditar no protagonismo dos camponeses e camponesas. As assembleias expressam essa característica de organização popular. Esperamos que este espaço ajude o povo a conseguir a vitória frente ao Capital mineral, no caso a BAMIM, que representa uma lógica de exploração mineral que mais mata, enlouquece e destroi o meio ambiente, a serviço do capital financeiro internacional."
O espaço é aberto e contará com a presença de inúmeros movimentos sociais, sindicatos, Trabalhadorxs do campo e da cidade de todo território do sertão produtivo.

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