Deus dá a farinha e o diabo carrega o saco


É de conhecimento público que para barrar o andamento das denúncias que imputam crimes e mais crimes de responsabilidade ao precário Michel Temer, os cofres públicos desembolsaram ao menos neste semestre bilhões de reais. Em sua maioria, pagas através da liberação de emendas parlamentares.

No sudoeste da Bahia "o toma lá da cá" é antigo. Em Guanambi, por exemplo, políticos se elegeram muitas vezes prometendo a lendária barragem do "Poço do Magro" que, quando concluída, suas águas eram imprestáveis para o consumo humano. A moda da vez, aliás, uma moda bastante antiga, é a reativação (ou ativação?) do perímetro irrigado de Ceraíma, no mesmo município. Outra promessa histórica é a irrigação do "Vale do Iuiú", nas margens Rio do São Francisco que, de tão antiga, cai em desuso nos anos ímpares para serem retomadas nos anos pares eleitorais.

Mas o fundamental dos últimos tempos tem sido o seguinte: as emendas parlamentares usadas como moeda de troca para salvar o governo mais impopular de todos os tempos. Os deputados Arthur Maia e José Rocha, por exemplo, tem conquistado milhões para salvar Temer da degola. Em contra partida, apoiaram a reforma trabalhista e vão apoiar o fim da aposentadoria do trabalhador. 

No final das contas, a emenda parlamentar festejada pelo prefeito e pelo vereador é o verdadeiro tiro de morte nos direitos do pobre. 

É esse tiro dado em nós como remédio para os nossos próprios males que eles vão utilizar para usurpar os nossos votos em 2018. Estejamos atentos e atentas.

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