Seara Vermelha: mídia clandestina e guerrilha nas redes

Há exatos seis meses um pequeno agrupamento de pessoas debatia o seguinte: "porquê não impulsionar um blog de notícias antifascistas, de combate contra as reformas do governo mais impopular de todos os tempos e em defesa de trabalhador@s e oprimid@s em geral?" Dali em diante nasceu o "Seara Vermelha", inspirado no célebre livro de Jorge Amado e no poema de Castro Alves "Bandido Negro", cujo trecho diz o seguinte:

"Corre, corre sangue do cativo
Cai, cai, orvalho de sangue
germina, cresce, colheita vingadora.
A ti, segador, a ti. Está madura.
Aguça tua foice, aguça, aguça tua foice.
E. Sue (Canto dos Filhos de Agar)

Trema a terra de susto aterrada...
Minha égua veloz, desgrenhada,
negra, escura nas lapas voou.
Trema o céu... ó ruína! ó desgraça!
Porque o negro bandido é quem passa, 
porque o negro bandido bradou:

Cai orvalho de sangue do escravo,
cai, orvalho, na face do algoz.
Cresce, cresce, seara vermelha, 
cresce, cresce, vingança feroz."

Desde então, são mais de 50 mil acessos, uma média de 8.300 por mês e centenas por dia. Isso sem nenhum tipo de anúncio ou financiamento. 

Com linha editorial independente de partidos e governos, o "seara" existe e resiste bravamente nesse período decisivo da conjuntura. Nesse sentido, ou a classe trabalhada se convence da necessidade de se organizar para o enfrentamento ou teremos o crescimento cada vez mais rápido do monstro do fascismo. Se a libertação da classe será decisivamente obra da própria classe, nos somamos humildemente nesse esforço.

Trabalhador e trabalhadora: armem-se e libertem-se!

Mares e Morros do Brasil
Outubro de 17.

Comentários